2 de agosto de 2011

UM TEMPO DE REFLEXÃO


Neste mês de Agosto a Igreja nos convida a pensar sobre o nosso chamado.
Hoje se fala muito em vocação, até existe testes vocacionais para revelar as aptidões dos profissionais, mas o mês vocacional tem algo a mais que inclinações profissionais. Ele nos coloca diante do Eterno, de Deus, e faz-nos ver a vida como um projeto que se lança para a eternidade. A vida não está fechada sobre as funções sociais que exercemos ou a imagem que nos é imposta. A vida se revela como um dom a ser realizado e a “ser realizante”. Um dom que encerra um mistério que somente cada um possui a chave. E ao longo da jornada vamos descobrindo essa chave. Nada está pronto. O caminho vai se desenrolando a nossa frente. E como uma criança, vamos desvendando o mistério de viver.
Vocação é mistério de uma vida que é celebrada e oferecida. A vocação é uma presença do Transcendente em nós, que nos atrai para Ele com uma força transformadora. A vocação vai construindo a vida e se reconstruído na vida, pois as circunstâncias vão questionar a caminhada e essa terá que dá sua resposta, sem negar a fonte do chamado, por isso está sempre em construção.
Na jornada da vida precisamos aprender que Deus nos guia na bonança e na tempestade e prova o nosso coração como fogo do crisol, para sermos oferta que lhe agrada. E assim a nossa vocação vai se purificando das falsas pretensões e da ingenuidade do sonho, pois descobrimos que é preciso trabalhar ardorosamente por esta vocação, que não é nossa, mas nos foi confiada, como um tesouro a ser descoberto ou a uma pérola preciosa que nos arrebata a vida inteira.
Mas do que um chamado pronto e estável, o Senhor nos possibilita a aventurar-se na vida, a redescobrir os valores norteadores da vocação que nos foi confiada e assim correspondermos ao seu Amor. O caminho não está pronto, é a nossa resposta que indicará o caminho e esse vai se revelando sempre novo e desafiador.
“Assim, ele capacitou os santos para a obra do ministério, para a edificação do Corpo de Cristo, até chegarmos, todos juntos, à unidade na fé e no conhecimento do Filho de Deus, ao estado de adultos, à estatura do Cristo em sua plenitude”Ef, 4, 12-13

Pe Francisco Leiva Neves Carvalho
Pároco Orós